A BBC ofereceu ao mundo no ano passado um pequeno tesouro chamado "Sherlock". Trata-se de uma adaptação da clássica personagem de Sir Arthur Conan Doyle para a actualidade, criada por Steven Moffat e Mark Gatiss, dois argumentistas por detrás de outra jóia da côroa britânica, a série de ficção-científica "Doctor Who".
"Sherlock" é uma série de três episódios de 90 minutos cada, cuja segunda temporada (com o mesmo formato), irá estrear no Outono deste ano. Garanto-vos, é uma obra-prima televisiva que vale a pena descobrir.
O mítico Sherlock Holmes é interpretado por um actor quase desconhecido chamado Benedict Cumberbatch, que mais perfeito não puderia estar no papel do detective, (supera o igualmente recente Holmes de Robert Downey Jr. e coloca sérias ameaças ao estatuto de "versão definitiva" que o de Jeremy Brett sempre tivera). O Dr. Watson da série é Martin Freeman, o Bilbo Baggins nos dois filmes do "The Hobbit" que estreiam no Natal de 2012 e 2013, ("The Hobbit: An Unexpected Journey" e "The Hobbit: There and Back Again", respectivamente).
Pois bem, Sherlock está prestes a juntar-se a Watson na nova epopeia na Terra-Média, tendo sido confirmado para dois papéis nas prequelas do "The Lord of the Rings". Cumberbatch dará voz e corpo ao dragão Smaug, (o corpo, através da tecnologia de motion capture usada em Gollum), e interpretará ainda o Necromancer. O Necromancer é uma manifestação física de Sauron, e apesar de ser apenas referido no livro, as suas acções afastam Gandalf da acção principal, pois o feiticeiro é convocado para ajudar a combatê-lo.
Dado que a história dos dois filmes irá além do que é presenciado no "The Hobbit", esta luta contra o Necromancer deverá passar a ser uma parte importante na narrativa, mostrada ao espectador, em vez de ser apenas referida.
Pelo carisma e intensidade que Benedict Cumberbatch tem enquanto Sherlock Holmes, parece-me uma escolha fantástica.
Outra adição ao cast é Luke Evans como Bard, o arqueiro humano que derrota Smaug com a ajuda de Bilbo.
Orlando Bloom e Elijah Wood estão confirmados para regressarem aos papéis de Legolas e Frodo.
"X-Men: First Class"
Charles Xavier: Listen to me very carefully, my friend. Killing Shaw will not bring you peace.
Erik Lensherr: Peace was never an option.
Tudo corria conforme planeado no mundo das adaptações cinematográficas dos super-heróis. Os dois primeiros "X-Men" (especialmente o "X2"), foram excelentes blockbusters que transpuseram muitíssimo bem o mundo dos X-Men para a actualidade, e o "Spider-Man 2" elevou a fasquia ao recriar no grande ecrã a empatia que sentíamos pelo Aranhiço quando líamos os comics, graças ao facto de Peter Parker enfrentar, quando está sem máscara, o mesmo tipo de problemas do quotidiano que qualquer ser humano normal enfrenta. Os terceiros filmes de ambas as sagas acabam por cair no comum erro de "excesso de porrada e demasiadas personagens", e encerram-se duas trilogias àquem das expectativas. É então que surge um indivíduo chamado Christopher Nolan que prova que podíamos fazer muito mais do que produzir simplesmente um sentimento de identificação do espectador com o protagonista da aventura saída dos quadradinhos: podíamos desafiar o espectador.
Depois disto a Marvel recupera terreno com o primeiro "Iron Man", uma adaptação descomprometida de puro entretenimento, à qual sucedeu uma sequela fraca cheia dos clichés do entretenimento da pipoca. Ficou claro que o homem-morcego era o adulto, e que os outros estavam presos no excesso de hormonas da adolescência.
Gostaria desde já de deixar claro que apesar de considerar que o "The Dark Knight" é a melhor adaptação de um comic de sempre, não acho que seja um filme de super-heróis. Não só porque as raízes do Batman não são as de um super-herói convencional, mas porque o "The Dark Knight" é sobretudo um thriller/policial (assim como o "Batman Begins"), e é dentro desse género que considero estar no topo.
Ora a lição de Nolan parece ter surtido efeito, e como que caído dos Céus, chega-nos este "X-Men: First Class" de Matthew Vaughn. Meio prequela, meio reboot, conta a história da revelação da existência dos mutantes, da formação dos X-Men e da amizade caída em desgraça de Charles Xavier e Erik Lensherr, futuros Professor X e Magneto.
Tal como Nolan, Vaughn não teve medo de correr riscos e de ser original, rejeitando a hipótese de fazer um reboot que colocasse os X-Men novamente no presente, e leva-os até à década de 60, em plena Guerra Fria e Crise dos Mísseis de Cuba. Face a um universo de espectadores que se habituou à modernização dos super-heróis, isto foi de facto um risco, e talvez explique porque é que apesar de um incrível sucesso a nível de crítica, o filme está com resultados de bilheteira inferiores aos dos seus antecessores.
O cenários dos sixties resulta na perfeição. Enquadrar as personagens em acontecimentos históricos reais torna a história muito mais cativante, e ajuda a que a ameaça da Terceira Guerra Mundial não pareça enfadonha. As ameaças de "fins do mundo" pertencem naturalmente aos anos 60, quando as nações receavam um iminente holocausto nuclear, que na realidade, esteve muito perto de acontecer. É uma história que tirando a parte de envolver pessoas com super poderes, podia perfeitamente pertencer a um filme do James Bond. E é dos James Bond de Sean Connery que Vaughn parece ter retirado grande parte da inspiração.
O vilão é tipicamente Bondiano, com o seu plano de concretizar as ameaças da Guerra Fria, o seu submarino e a sua femme fatale que apesar de estar quase sempre em roupa interior é uma mulher cheia de classe, (essa divindade chamada January Jones, pois). E Kevin Bacon dá o tom sinistro certo ao papel, e não deixa que o seu Sebastian Shaw se torne demasiado parecido a uma caricatura. Não posso deixar ainda de referir a interpretação dessa surpreendente jovem actriz de nome Jennifer Lawrence, que depois de um salto para a fama com aquele murro no estômago de nome "Winter's Bone", se torna numa belíssima Mystique.
É ainda impressionante como, tendo um vilão com ambições tão megalómanas, o filme não cai no exagero. Vaughn não é um Michael Bay, e as cenas de acção não abusam da pirotécnia e não conduzem à acumulação de montanhas de sucata. Era fácil cair na tentação de fazer batalhas com bolas de fogo gigantes e arrasar cidades inteiras, especialmente tendo a oportunidade de usar as mais diversas habilidades mutantes, e isso podia valer prémios nos concursos internacionais de CGI, mas não iria manter o espectador agarrado ao ecrã. Ver cidades explodir já não impressiona ninguém, o que impressiona é quando se consegue fazer com que a acção sirva como momento de desenvolvimento das personagens. A luta final (esse desfecho fundamental no universo dos super-heróis), que podia tão facilmente ter caído no exagero ridículo, é incrivelmente intimista, e nunca deixa de focar as personagens e a evolução dos seus percursos, e isso faz com que nos surpreendamos de facto com o que estamos a ver.
O Erik de Michael Fassbender é também ele muito Bondiano, e torna-se a verdadeira estrela do filme. Erik Lensherr podia ser facilmente confundido com uma versão implacável de um jovem Bond dos anos 60, e quando digo "implacável" quero mesmo dizer implacável. Vaughn não tem problema em mostrar violência quando esta é necessária para aumentar a intensidade e tornar a sede de vingança de Erik palpável. O que faz dele a personagem mais badass de sempre do género. Sim, ainda mais badass que o Wolverine de Hugh Jackman, (que já agora, faz um cameo memorável).
Fassbender faz ainda a melhor interpretação que o género alguma vez viu, merecedora de uma nomeação ao Óscar. Sentimos que estamos a ver um homem cujo coração foi irremediavelmente quebrado pela crueldade do ser humano, o que faz com que sintamos compaixão por ele, apesar de vermos como consegue ser brutal. É muito mais do que fazer o espectador simpatizar com o futuro vilão, é fazê-lo sentir-se desafiado por quem ele é, e o que representa.
Tudo isto coloca também Erik num balanço perfeito com o Charles Xavier de James McAvoy (que apesar de ser superado por Fassbender, também foi um casting perfeito), o reverso pacifista da medalha. O nascimento de Magneto está intimamente ligado à amizade com Charles, e é esta amizade a peça fundamental para que "X-Men: First Class" se torne lendário. A quebra desta amizade, provocada pela caída nas trevas do jovem Magneto, dá uma densidade dramática invulgar ao filme, que o eleva mesmo ao estatuto dos inesquecíveis. O arrepiante momento em que o abismo se abate finalmente entre os protagonistas , é verdadeiramente épico.
A obra-prima de super-heróis que o Cinema merecia.
9/10
A January Jones é uma das actrizes mais bonitas da actualidade, e faz-me acreditar que algures numa base secreta dos EUA existe uma máquina do tempo operacional. É que ela só pode ter vindo directamente dos anos 60.
Para verificarem que tenho razão basta verem um episódio de"Mad Men" (possivelmente a melhor série da actualidade), e o "X-Men: First Class", onde apesar de estar em roupa interior na maior parte das cenas em que entra, nunca perde a classe. O que é um verdadeiro milagre raramente presenciado na História do Cinema.
Verdadeira beleza.
Pumpkin: Forget it. Too risky. I'm through doing that shit.
Yolanda: You always say that. That same thing every time, "I'm through, never again, too dangerous".
Pumpkin: I know that's what I always say. I'm always right, too.
Yolanda: But you forget about it in a day or two.
Pumpkin: Yeah, well the days of me forgetting are over, and the days of me remembering have just begun.
Jules: I'll just walk the earth.
Vincent: What'cha mean walk the earth?
Jules: You know, walk the earth, meet people... get into adventures. Like Caine from "Kung Fu."
("Pulp Fiction", 1994)
E já que estou numa de "The Big Lebowski"... Não será o Eddie Vedder o filho perdido do Dude?
Para ajudar a começar a semana de forma descontraída, à Dude.
Quais SEALs, qual quê... aqui está o herói a quem o povo americano devia realmente agradecer.
O próximo filme do mestre Quentin Tarantino será "Django Unchained", um southern (western mas no Sul dos EUA, pois), de inspiração spaghetti no Cinema do lendário Sergio Leone, passado no tempo da escravatura. A história é a de um escravo, Django, que lutará contra um maléfico dono de uma plantação para libertar a sua mulher.
Django será ao que tudo indica, interpretado por Will Smith, e a ajudá-lo estará um médico alemão tornado caçador de prémios, interpretado por Christoph Waltz, essa força da natureza que deu vida ao colossal Hans Landa. Samuel L. Jackson também deverá entrar, como o ajudante do vilão.
Todas estas notícias têm já algum tempo, o que é recente é o forte rumor de que o vilão, o tal maléfico dono de uma plantação, será interpretado por Leonardo Di Caprio.
Parece que Tarantino irá reunir uma verdadeira dream team para filmar finalmente o seu filme de cowboys.
As filmagens devem começar no Outono, e a seguir esta direcção, tem tudo para ser um clássico.
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