Domingo, 27 de Fevereiro de 2011

O melhor de 2010 - TOP 10

 

10

 

 

 

"The Imaginarium of Doctor Parnassus"

 

/

 

 

 

"I Love You Philip Morris"

 

9

 

 

 

"Scott Pilgrim VS The World"

 

8

 

 

"The Social Network"

 

7

 

 

"Harry Potter and the Deathly Hallows - Part I"

 

6

 

 

"Whatever Works"

 

5

 

 

"Toy Story 3"

 

4

 

 

"Shutter Island"

 

3

 

 

"Up in the Air"

 

2

 

 

"El Secreto de Sus Ojos"

 

1

 

 

"Inception"

 

 

 

(o empate no 10ºlugar entre "The Imaginarium of Doctor Parnassus" e "I Love You Philip Morris" deve-se ao facto de não querer deixar nenhum dos dois de fora, porque apesar de serem bastante diferentes, merecem ambos constar na lista dos melhores do ano)

 

 

 

publicado por RJ às 19:05
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O melhor de 2010 - Realizadores

3

 

 

Edgar Wright ("Scott Pilgrim VS The World")

 

2

 

 

David Fincher ("The Social Network")

 

1

 

 

Christopher Nolan ("Inception")

 

 

Edgar Wright fez o seu primeiro filme produzido por Hollywood, com "Scott Pilgrim VS The World", um filme que já se tornou um filme de culto.

É um jovem realizador que tem todas aquelas excelentes qualidades que desejamos ver num jovem amante do Cinema: a rebeldia que o leva a fazer as coisas à sua maneira, uma admiração pelos mestres e um desejo de aprender com eles e uma visão fresca, que não receia quebrar com os cânones.

Wright é um estandarte de toda uma geração jovem, e de um novo estilo extremamente audaz, que não poderia ter escolhido melhor altura para atacar Hollywood. Sim, o filme é uma adaptação de uma BD, mas mostra como não partindo de uma ideia original, um filme pode ser único e quebrar com tudo o que o espectador está habituado a ver no grande ecrã.

 

Quando David Fincher anunciou que ia realizar um filme sobre o Facebook, meio mundo, eu incluído, ficou em choque. O realizador de thrillers como "Se7en" e "Zodiac", que nos fez uma lavagem cerebral com "Fight Club", ia fazer um filme sobre uma rede social?

Sim, o realizador já tinha saído da sua área com "The Curious Case of Benjamin Button", com resultados mágicos, mas isto parecia demasiado diferente. Estaria Fincher a vender-se a uma febre da Internet pensando apenas nos lucros?

Pois, afinal não. Afinal fez um dos mais badalados e aclamados filmes de 2010, que já arrasou nos Globos de Ouro e ameaça arrasar hoje à noite nos Óscares. E pode não ser um thriller, mas os traços de Fincher estão lá.

Os diálogos de Aaron Sorkin que todos aclamaram podiam já estar fantásticos no papel, mas não tenho dúvida de que, sem a marca de Fincher, não teriam alcançado um estado tõ extraordinário. É que não são apenas os diálogos, é toda a forma de filmar e toda a construção do filme que nos agarra completamente a nos faz esquecer que estivemos duas horas a ver apenas pessoas a falar.

"The Social Network" acabou por ser um marco ao representar a febre do lucro com a Internet que é dos grandes temas da sociedade actual, definindo toda uma nova geração. Tudo com traços de tragédia clássica, e tudo também graças à visão tão particular de Fincher.

 

A ausência do nome de Christopher Nolan na lista dos nomeados ao Óscar de Melhor Realizador é mais uma daquelas infelicidades dos Óscares, que já começa a nem valer a pena referir. Indepentemente daquilo que os Óscares dizem, Nolan foi o grande realizador de 2010.

Com "Inception" elevou os puzzles mentais a uma nova escala. É complexo, mas não tem a escala próxima e pessoal de "Memento", tem a escala épica de um verdadeiro épico de ficção-científica na tradição do "Matrix".

A construção também em forma de puzzle da narrativa, e uma forma de filmar que capta a essência das sequências mais épicas sem nunca as tornar confusas, tornam-no no realizador que melhor nos tira o fôlego com a parte visual, mantendo apesar disso, o conteúdo em primeiro plano.

Isto porque a originalidade é o seu grande trunfo. Nolan prova, filme após filme, ser um dos grandes mestres do Cinema dos nossos tempos. Constrói novos conceitos, aplica-lhes possibilidades infinitas e oferece-nos novos mundos: tudo o que queremos que a arte faça.

E o melhor de tudo, o que o torna realmente extraordinário, é que ao invés de se limitar a criar conceitos de ficção-científica complexos com o intuito de oferecer entretenimento para os mais preguiçosos e material de discussão para as conversas dos mais intelectuais, coloca a emoção e os conflitos interiores clássicos ao ser humano como o ponto de partida do puzzle. E é isso que nos inspira verdadeiramente.

 

 

(menção honrosa: o quarto lugar iria para Jason Reitman pelo "Up in the Air", sendo o mais justo ter ficado empatado com Edgar Wright. Dei o destaque a Wright pela novidade que trouxe com o estilo inovador do seu filme, mas ainda assim, considero o "Up in the Air" um filme superior)

 

 

 

publicado por RJ às 18:06
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Domingo, 23 de Janeiro de 2011

O melhor de 2010 - Actores

  

3

 

 

 

 

Jim Carrey ("I Love You Phillip Morris")

 

2

 

 

 

Ricardo Darín ("El Secreto de Sus Ojos")

 

1

 

 

 

Leonardo Di Caprio ("Inception")

 

 

"I Love You Phillip Morris" não conseguiu agarrar muito público, o que não deixou de ser triste, apesar de não ser nada surpreendente. O polémico tema da homossexualidade deu para criar um passa-palavra modesto em torno do filme, mas não chegou. E isto é triste porquê? Porque Jim Carrey faz uma interpretação impressionante, que é seguramente uma das melhores da sua carreira.

A homossexualidade é muito melhor aceite hoje do que no passado, disso não existem dúvidas, mas quer queiramos ou não admiti-lo, mesmo que já não se mostre discriminação de forma tão ostensiva na praça pública, a questão ainda não é encarada com naturalidade no íntimo da maioria da população. Daí que essa maioria vá acabar por perder uma das melhores interpretações do ano, que me parece ter sido lamentavelmente esquecida nos prémios de Cinema.

Além de um factor que terá sempre peso, que é ser um papel muito difícil de interpretar dado que o próprio Jim Carrey não é homossexual (assim como Ewan McGregor, com quem contracena), a interpretação é impressionante porque apresenta Jim Carrey naquele registo mais sério e dramático, longe das palhaçadas em que às vezes se envolve, e que mostra o verdadeiro potencial do actor. Ainda que a interpretação, assim como o próprio filme, vá do drama ao romance, passando pela comédia inteligente, nunca perde a elegância e a seriedade.

Uma pequena grande surpresa que deve obrigatoriamente ser descoberta.

 

 

É preciso estar sempre atento, porque longe de Hollywood encontramos muitas vezes alguns dos melhores filmes e alguns dos melhores actores. Ricardo Darín é um actor a quem irei ficar muito atento de futuro, porque a sua interpretação em "El Secreto de Sus Ojos" consegue ir além de ser simplesmente marcante.

Não se pode dizer que carregue o filme às costas porque o filme tem muitos mais aspectos fabulosos do que apenas a sua interpretação (mesmo que esta seja um dos melhores aspectos do filme), mas acaba por carregar uma outra coisa, também muito importante: o drama da história. A intensidade da interpretação do actor é equivalente à intensidade do filme em si, pois Darín é responsável por criar uma ligação emocional fulcral que nos leva a viver a história, quase com a intensidade com que a sua personagem vive.

 

 

Os dias em que Leonardo Di Caprio era só um menino bonito que provocava paixonetas em adolescentes já lá vão. A escolha de Di Caprio para melhor actor do ano faz-se tanto por "Shutter Island" como por "Inception", ainda que, tendo de escolher, talvez colocasse com uma pequena vantagem, a sua interpretação no filme de Christopher Nolan. Porém, é inegável que são curiosamente, dois papéis com aspectos muito semelhantes: homem perdido no meio de sonhos e perseguido pelo fantasma da mulher, por exemplo.

Assim sendo, os elogios que se tecem a uma das interpretações podem facilmente ser aplicados à outra. Tanto num filme como no outro, Di Caprio mostra uma grande maturidade, e a sua interpretação é densa.

Basta olharmos para os seus olhos para vermos o retrato perfeito de um homem assombrado, que se deixa levar cada vez mais por uma espiral de obsessão. E à semelhança do que acontece em "El Secreto de Sus Ojos", Di Caprio pode não ser a única coisa boa tanto no filme de Martin Scorsese como no de Nolan, mas a sua interpretação é uma peça chave nas duas obras. Em "Inception", a sua personagem é aquela que cria uma melhor ligação com o espectador, e é graças a tal ligação que conseguimos mergulhar tão facilmente na complexidade da história. E a história de "Inception" é no âmago, não sobre múltiplos níveis de sonho, mas sobre a dor de um homem que não consegue afastar a culpa que sente pela morte da mulher, e que quer acima de tudo o resto, estar novamente com os seus filhos.

 

 

(menções honrosas: Jesse Eisenberg e Andrew Garfield que surpreenderam muito em "The Social Network", e George Clooney em "Up in the Air", que ocuparia o quarto lugar)

 

 

 

publicado por RJ às 21:55
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Domingo, 9 de Janeiro de 2011

O melhor de 2010 - Actrizes

  

3

 

 

Vera Farmiga ("Up in the Air")

 

 

2

 

 

 

Evan Rachel Wood ("Whatever Works")

 

 

1

 

 

 

Anna Kendrick ("Up in the Air")

 

 

 

"Up in the Air" é um dos melhores filmes do ano para mim, sobre o qual não consegui ainda deixar aqui uma crítica. A compôr o filme temos duas actrizes ao lado de George Clooney que fazem duas excelentes interpretações.

Vera Farmiga tem imensa classe, mas destaco principalmente Anna Kendrick, uma jovem que, estando a dar os primeiros passos em grandes filmes, nos brinda com uma extraordinária interpretação. Não é fácil dividir o ecrã com Clooney, mas Kendrick não se deixa nunca eclipsar pelo carisma do Nespresso-man.

 

Evan Rachel Wood surpreendeu-me em "Whatever Works". Larry David pode não ser um Clooney, mas não há dúvida de que também tem carisma, e Rachel Wood também nunca é eclipsada. O filme vai do hilariante ao comovente como só Woody Allen consegue fazer, e Melody, a rapariga um pouco simplória mas doce, é tão essencial como o neurótico Boris.

A minha preferência recai ainda assim sobre Anna Kendrick, mas não há dúvida que temos aqui duas jovens actrizes às quais devemos prestar muita atenção no futuro.

 

 

(Nota: Ficaram lamentavelmente por ver "An Education" e "Precious", falhas que espero colmatar em breve.)

 

 

 

publicado por RJ às 22:17
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