A noite de Oscars! Amem-na ou odeiem-na, ninguém resiste a falar sobre ela. Sim, são sobrevalorizados, mas nós que adoramos Cinema não conseguimos resistir a gostar pelo menos um pouco, desta noite.
Todas as paixões precisam do seu momento de celebração e este é o nosso. Mesmo que os filmes que achamos que deviam ganhar nem estejam nomeados (se o universo fosse justo, "Drive" devia ganhar pelo menos uns cinco Oscars), e que a escolha dos vencedores esteja recheada de jogos de bastidores, é aquele momento do ano em que a nossa arte de eleição é transportada para as luzes da ribalta, e gostamos disso.
Adoramos tanto dizer mal dos Oscars como adoramos ficar contentes no dia a seguir, quando quem queríamos que ganhasse até ganhou. E por muitos filmes que tenham ficado injustiçados, existem sempre aquelas vitórias que quanto a nós, não podiam ter sido mais merecidas, (a minha é a do "The Lord of the Rings: The Return of the King"). O fundamental parece-me ser que, não há problema em celebrar um pouco os Oscars, desde que não os levemos demasiado a sério.
Portanto, aqui vai mais uma lista de previsões e considerações, a acrescentar aos milhões que circulam hoje nessa Internet:
Melhor Actor Secundário
Christopher Plummer - "Beginners"
Gostei bastante do "Beginners", é um filme fofo e invulgarmente honesto quanto ao tópico das relações humanas. A vitória de Christopher Plummer é uma boa maneira de premiar não só um grande actor que nunca ganhou um Oscar, como mais um daqueles pequenos grandes filmes que escapam ao "grande público".
Melhor Actriz Secundária
Octavia Spencer - "The Help"
Devia ganhar: Bérénice Bejo - "The Artist"
Não vi o popular "The Help", mas com os anos '60 a estarem bastante na moda e a questão do racismo no centro da história, parece-me que Octavia Spencer tem boas hipóteses. E é também para ela que apontam a maioria das previsões.
Mas ei, adorei o "The Artist" e gostava bastante de ver a até agora desconhecida Bérénice Bejo, levar a estatueta, por ter captado tão bem o glamour das estrelas de outros tempos.
Melhor Actor Principal
Jean Dujardin - "The Artist"
Devia ganhar: Gary Oldman - "Tinker Tailor Soldier Spy"
Aposto em Dujardin, mas confesso que estou dividido entre ele e Gary Oldman na categoria do "devia ganhar". Dujardin faz uma interpretação fabulosa que parece ter sido trazida até nós por meio de alguma máquina do tempo, mas grande parte de mim está a torcer por Oldman.
"Tinker Tailor Soldier Spy" é uma obra-prima e um filme de actores com ritmo adulto, o que começa a ser cada vez mais raro. A ausência do filme nas nomeações a Melhor Filme e Melhor Realizador é, a par da ausência de "Drive" (que sempre tem o desconto de ser filme de culto), a grande injustiça deste ano para mim. Dar o Oscar a Oldman daria um reconhecimento ao filme que é mais do que merecido, e coroaria um actor lendário por um dos melhores papéis da sua carreira. Isto é bem mais feliz do que darem-lhe o Oscar por um papel menor daqui a uns anos, ou não lhe darem um Oscar de todo e tentarem compensar esse erro com um "prémio de carreira" ou algo do género.
Melhor Actriz Principal
Viola Davis - "The Help"
Devia ganhar: Michelle Williams - "My Week with Marilyn"
Lá está, não vi "The Help" mas tudo indica que será uma luta entre Meryl Streep e Viola Davis. Davis parece-me ter hipóteses pelos mesmos motivos que Octavia Spencer, e por já ter sido nomeada a um Oscar anteriormente (curiosamente, por "Doubt" em que contracenou com Streep). Meryl Streep tem a favor dela o facto de ser a Meryl Streep, mas tem como contras, ninguém gostar da Margaret Thatcher e ninguém ter gostado muito do seu filme.
Pessoalmente, gostava que ganhasse Michelle Williams. Já foi nomeada, e gostei muito da sua interpretação da icónica Marilyn Monroe. Interpretar quem é talvez a mulher mais icónica do Cinema da forma extraordinária como Williams o fez, é bem merecedor de um Oscar.
Melhor Realizador
Michael Hazanavicius - "The Artist"
Devia ganhar: Martin Scorsese - "Hugo"
Apaixonei-me por ambos os filmes, e formam um parelelo muito interessante. Se "The Artist" redescobre uma técnica quase esquecida, "Hugo" é uma carta de amor ao passado a mostrar o caminho certo para o futuro.
Dividir os Oscars de Melhor Filme e Melhor Realizador entre os dois filmes parece-me ser a forma ideal de fazer justiça a duas obras igualmente belas. Para mim, devia caber a Martin Scorsese a honra de Melhor Realizador, porque continua a precisar de mais Oscars, fez o primeiro uso do 3D que justificou o uso do 3D, e criou com este, algumas das imagens mais belas que me lembro de ver no grande ecrã.
Melhor Filme
"The Artist"
É o que todo o mundo espera, e parece-me mais do que merecido. "The Artist" é um queridinho da crítica que merece ser um queridinho da crítica. É mesmo, mas mesmo um momento mágico de Cinema, e ainda por cima, um que há uns anos atrás, ninguém esperaria ver chegar ao grande ecrã.
Numa altura de tanta inovação, deu-nos a oportunidade de relembrar um Cinema que nunca deveremos esquecer.
Como todos gostamos de fazer prognósticos, aqui fica, para cada categoria, quem eu acho que devia ganhar e quem eu prevejo que vá ganhar, o Óscar logo à noite.
Vale no entanto a pena lembrar que os Óscares, apesar de toda a promoção que dão a um filme, só têm o valor que cada um lhes quiser dar, e têm vindo a perder credibilidade. Além de que, como todos os prémios, são afectados pelos factores de bastidores que o comum espectador apenas pode imaginar.
E é por isto que eu pessoalmente, não pretendo deitar-me tarde esta noite.
Melhor Filme
Quem devia ganhar?
"Inception" ou "The King's Speech"
Quem vai ganhar?
"The Social Network"
Melhor Realizador
Quem devia ganhar?
Tom Hooper - "The King's Speech"
Quem vai ganhar?
David Fincher - "The Social Network"
Melhor Actor
Quem devia ganhar?
Colin Firth - "The King's Speech"
Quem vai ganhar?
Colin Firth - "The King's Speech"
Melhor Actriz
Quem devia ganhar?
Natalie Portman - "The Black Swan"
Quem vai ganhar?
Natalie Portman - "The Black Swan"
Melhor Actor Secundário
Quem devia ganhar?
Christian Bale - "The Fighter"
Quem vai ganhar?
Christian Bale - "The Fighter"
Melhor Actriz Secundária
Quem devia ganhar?
Hailee Steinfeld - "True Grit"
Quem vai ganhar?
Helena Bonham Carter - "The King's Speech"
Melhor Argumento Original
Quem devia ganhar?
"Inception"
Quem vai ganhar?
"The King's Speech"
Melhor Argumento Adaptado
Quem devia ganhar?
"True Grit"
Quem vai ganhar?
"The Social Network"
Melhor Filme de Língua Estrangeira
Quem devia ganhar?
"Biutiful"
Quem vai ganhar?
"Biutiful"
Melhor Filme de Animação
Quem devia ganhar?
"Toy Story 3"
Quem vai ganhar?
"Toy Story 3"
Cá estão eles, os nomeados para a cerimónia dos Óscares deste ano de 7 de Março.
Consultem a lista aqui!
Agora, quando a uma opinião...
O maior injustiçado deste ano é claramente o soberbo "Public Enemies" de Michael Mann. É um dos melhores filmes do ano que passou, com uma interpretação assombrosa do colosso que é Johnny Depp, e nem uma nomeação viu. Nem para Melhor Actor nem para qualquer categoria técnica.
Já sabem que acho o "Avatar" altamente sobrevalorizado, e portanto, parece-me altamente injusto caso seja o grande vencedor da noite...
Nas outras nomeações para essa categoria, com o aumento para dez nomeados, (que não se iludam, foi com o intuito de fazer esses filmes aumentarem os seus ganhos nas bilheteiras e de aumentar as audiências da cerimónia), parece-me que muitos filmes, como o "District 9", "A Serious Man" dos Coen ou o "The Blind Side", estão lá porque tinham de ser dez.
Quanto à nomeação do "Up", simplesmente não concordo completamente que um filme de animação seja nomeado juntamente com os outros de "carne e osso", (ainda que em alguns, como no "Avatar", não seja a "carne e osso" que predomine). Acho que acabam por ser coisas um pouco diferentes, mesmo que um filme de animação possa ser tão marcante como um de "carne e osso".
Não é o aumento do número de nomeados que eliminará por completo as injustiças, (volto a dizer, "Public Enemies"!), principalmente porque estas entregas de prémios serão sempre injustas e haverão sempre filmes a ser deixados injustamente de fora. Afinal, tudo é relativo a cada um.
E não nos esqueçamos que o Cinema é um negócio e terá sempre muitos "interesses" nos seus bastidores...
O vencedor justo? Quentin Tarantino, sem qualquer dúvida. Mas acho que vai sair do Kodak Theatre de mãos a abanar.
Para além do injusto tratamento que o "Public Enemies" recebeu no que tocou a prémios, se o mestre Tarantino não levar de facto nenhum Óscar para casa, será mais uma coisa a acrescentar à longa lista de injustiças que explicam o porquê de não se dever atribuir muita credibilidade a estes prémios.
As vitórias de "Slumdog Millionnaire" nada tiveram de surpreendente. É um filme que ainda não consegui ter tempo para ver, portanto não posso arriscar grandes comentários quanto a ter sido um triunfo justo ou não, no entanto, não posso evitar falar desta 81ªedição com algum desapontamento, pelo simples facto de "The Curious Case of Benjamin Button" ter sido derrotado. A obra avassaladora de David Fincher merecia muito melhor.
A vitória do filme de Danny Boyle mostra também um gosto cada vez mais óbvio da Academia por filmes indie. Por muito que o filme seja bom, o que não duvido, não consigo evitar pensar que, mesmo que não tivesse a qualidade que tem, não deixaria de ser um grande atractivo para a Academia, e para esta grande indústria do Cinema, que procura constantemente livrar-se de acusações de consagrar filmes "demasiado comerciais". A própria história do filme, um rapaz indiano do bairro de lata, que vive uma história de amor e ganha inesperadamente um concurso, adequa-se aos próprios valores que Hollywood e a sua cidade dos anjos supostamente defendem, (que qualquer um se pode tornar estrela, com boas doses de talento, esforço e determinação).
Um filme indie como este Slumdog, tem ainda o bónus de ser elogiado tanto pela crítica como pelo público em geral. Boyle é um género de "realizador de culto", e o baixo orçamento e a falta de estrelas no elenco, mostram ao público que a Academia não "premia sempre os mesmos".
Isto tinha já sido mostrado na edição anterior, quando "Juno" aparece no meio dos nomeados a Melhor Filme. Mesmo para um "feel-good movie" tão bom como este, foi exagerado.
Quanto a actores, Penélope Cruz foi a surpresa da noite, e talvez também seja forma de mostrar ao público a tal coisa de não entregar os prémios sempre aos mesmos (leia-se, actrizes que permanecem no ecrã 12 minutos). Sean Penn tirou a Mickey Rourke o Óscar que todos lhe entregavam antecipadamente, e frustrou aquele que seria o expoente máximo da ressureição do actor. O Óscar póstumo atribuído a Heath Ledger não poderia ser mais justo, e a mais que merecida vitória da grande actriz que é Kate Winslet, também não.
Hugh Jackman foi refrescante na pele de apresentador, e mostrou mais uma componente da sua versatilidade, sendo um dos mais fortes motivos de interesse em ficar acordado até tão tarde.
A ideia de colocar os anteriores vencedores dos galardões, a premiar o recém-chegado deu também à entrega do prémio maior originalidade e interesse.
Não será também inútil relembrar, as nomeações que faltaram, a "The Dark Knight", "Gran Torino", "Revolutionary Road" ou "The Wrestler".
Para a posteridade ficam também as intervenções pobres dos comentadores escolhidos pela TVI, intervenções essas que escapam a mais críticas pelo simples facto de, ninguém estar minimamente interessado naquilo que pudessem dizer. Vítor Moura, limitava-se a ir descrevendo o que se passava no ecrã, para qualquer tolo que não percebesse inglês, mas de José Vieira Mendes eram de esperar comentários um pouco mais interessantes, e não meia-dúzia de bitaques lançados ocasionalmente, como que por alguém que aproveitou para ir dormitando ao longo da noite. As menções constantes a festivais como o Festróia também de oportuno, tiveram pouco.
Num último apontamento, ficam para a posteridade os intervalos recheados com anúncios a mensagens telefónicas de conteúdo pornográfico, cuja única razão de ser talvez fosse fazer os pais enviar os seus petizes para a cama, antes que perdessem horas preciosas de sono. Bem-dita seja a nossa querida TVI.
Sem a pretensão de ser um "sabe-tudo" no que aos Óscares diz respeito, deixo-vos uma lista de palpites para a noite de Domingo.
Não sou um estudioso do "método" da Academia, nem analisei minuciosamente as edições anteriores em busca de algum tipo de "código da regra universal dos Óscares" ao estilo de Dan Brown. No fundo, são simples e banais palpites misturados com um pouco de desejo para que este ou aquele ganhe.
Melhor Filme: "The Curious Case of Benjamin Button"
Melhor Realizador: David Fincher
Melhor Actor Principal: Mickey Rourke ("The Wrestler")
Melhor Actriz Principal: Kate Winslet ("The Reader")
Melhor Actor Secundário: Heath Ledger ("The Dark Knight")
Melhor Actriz Secundária: Taraji P. Henson ("The Curious Case of Benjamin Button")
O vencedor, pouco importa. O Óscar pode garantir prestígio e um parágrafo ou dois extra na "enciclopédia dos filmes", mas não significa nada, nem altera aquilo que a obra é, para nós, da forma mais pessoal e intransmissível.
Aquela que é uma das maiores injustiças da Academia este ano, não ter nomeado o tema fabuloso do Boss, Bruce Springsteen, para "The Wrestler" ao Óscar de Melhor Canção Original.
A verdade, é que este filme de Darren Aronofski promete muito, e estou desejoso de ver a resurreição de Mickey Rourke, que me parece ter bastantes hipóteses de levar o Óscar para casa.
A música, é para sentir o filme, antes de o ver.
É já dia 22, a mais importante gala de prémios da 7ªarte. Uma aposta em quais serão os vencedores será deixada por aqui, assim como outros pensamentos sobre esta cerimónia.
Para ver ou rever os nomeados, dirijam-se aqui!
Quebrando a "tradição" de ser um cómico a apresentar a cerimónia dos Óscares, e como a América está a tornar-se um país, em que todos são julgados como iguais, sem racismo e discriminação, será um mutante a apresentar a entrega das cobiçadas estatuetas douradas.
E nada mais nada menos, do que Wolverine!
Esperemos que, no caso de "Australia" não ganhar o que tantos dizem que pode ganhar, este nosso amigo com problemas em controlar o mau-feitio não ameace mostrar as garras...
"Enchanted", nem com três canções na corrida conseguiu levar a vitória, ao contrário do que aconteceu na edição passada, onde "Dreamgirls", também com várias nomeações, levou a vitória. Já agora, poderá ter esse sido o problema, já que dividiu os votos dos eleitores que preferiam as canções do filme da Disney?
"Falling Slowly", uma belíssima canção do filme "Once", cuja data de estreia em Portugal é para mim um mistério, levou a estatueta.
É uma canção puramente inspiradora, e parece-me que mereceu plenamente a vitória.
"Sweeney Todd" estava nomeado para três categorias... Claro que a nomeação mais importante era a de Johnny Depp, mas não saiu completamente derrotado, Dante Ferreti levou para casa o Óscar de Direcção Artística...
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